quinta-feira, 14 de junho de 2012

"PRÍNCIPE DE ASTÚRIAS” ,



O MAIOR NAUFRÁGIO



DO BRASIL





Em 5 de março de 1916, ocorreu  o naufrágio do transatlântico espanhol “Príncipe de Astúrias”, que   se chocou  com rochedos  submersos em Ilhabela, no Litoral Norte de São Paulo.


 O “Príncipe de Asturias” era  um transatlântico espanhol que  fazia a linha regular de passageiros e cargas entre Barcelona e Buenos Aires, passando por Cádiz , Las Palmas, Ilhas Canárias, Rio de Janeiro, Santos e Montevidéu.



Após ser construído, em 1914, com 140 mt de comprimento e 17,7 mt de largura este navio  era considerado o transatlântico mais luxuoso da Espanha, junto a seu irmão gêmeo, o paquete “Infanta Isabel” .


A embarcação saiu de Barcelona, na Espanha, no dia 17 de fevereiro de 1916 , em plena 1ª Guerra Mundial  e deveria passar por cinco portos antes de chegar a Santos.

Mas isso não ocorreu ,  porque na madrugada às do dia 5 de março, um domingo de Carnaval  , o transatlântico  chocou –se  contra as rochas  da Lage da Ponta de Pirabura, extremo leste da ilha de São Sebastião, numa área sabidamente  perigosa para a navegação,  na rota de passagem entre os portos do Rio de Janeiro e Santos .



Chovia forte e a visibilidade era baixíssima, quando, por volta das 4h20 da madrugada, o comandante, José Lotina, perebeu  um raio, que indicou o quão próximo o navio estava da terra ; ele ordenou toda a foça a ré mas em vão .

O choque causou um rasgo de aproximadamente 20 metros no lado boreste (direito) da embarcação que permitiu que a água do mar invadisse rapidamente o navio .  O contato  da água fria do mar com as caldeiras provocou uma violenta explosão que praticamente partiu o navio ao meio.



A maioria de seus passageiros e tripulantes dormia no momento do choque. Ao enorme estrondo seguiu-se, no interior do navio, um clima de pânico e terror, pois não houve tempo para qualquer tentativa de organizar a evacuação de bordo de seus ocupantes.

O transatlântico desapareceu em apenas  10 minutos  , o que  impediu que os passageiros e tripulantes tivessem tempo hábil para escapar .

 Na ponte de comando o Capitão José Lotina e seu primeiro oficial Imediato Antônio Salazar Llinas teriam decidido  por fim a suas vidas, com  um tiro na cabeça; os corpos dos dois oficiais nunca foram encontrados.



Dizia – se que 40.000 libras em ouro estariam sendo transportadas  clandestinamente pelo comandante.

O naufrágio do “Príncipe de Astúrias” é considerado o maior da História Náutica do Brasil com a morte de 455 pessoas ; das 558 pessoas a bordo ( 365 passageiros e 193 tripulantes ) salvaram –se  apenas 103 .




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