"PRÍNCIPE DE ASTÚRIAS” ,
O MAIOR NAUFRÁGIO
DO BRASIL
Em 5 de março de 1916, ocorreu o naufrágio do transatlântico espanhol “Príncipe de Astúrias”, que se chocou com rochedos submersos em Ilhabela, no Litoral Norte de São Paulo.
O “Príncipe de Asturias” era um transatlântico espanhol que fazia a linha regular de passageiros e cargas entre Barcelona e Buenos Aires, passando por Cádiz , Las Palmas, Ilhas Canárias, Rio de Janeiro, Santos e Montevidéu.
Após ser construído, em 1914, com 140 mt de comprimento e 17,7 mt de largura este navio era considerado o transatlântico mais luxuoso da Espanha, junto a seu irmão gêmeo, o paquete “Infanta Isabel” .
A embarcação saiu de Barcelona, na Espanha, no dia 17 de fevereiro de 1916 , em plena 1ª Guerra Mundial e deveria passar por cinco portos antes de chegar a Santos.
Mas isso não ocorreu , porque na madrugada às do dia 5 de março, um domingo de Carnaval , o transatlântico chocou –se contra as rochas da Lage da Ponta de Pirabura, extremo leste da ilha de São Sebastião, numa área sabidamente perigosa para a navegação, na rota de passagem entre os portos do Rio de Janeiro e Santos .
Chovia forte e a visibilidade era baixíssima, quando, por volta das 4h20 da madrugada, o comandante, José Lotina, perebeu um raio, que indicou o quão próximo o navio estava da terra ; ele ordenou toda a foça a ré mas em vão .
O choque causou um rasgo de aproximadamente 20 metros no lado boreste (direito) da embarcação que permitiu que a água do mar invadisse rapidamente o navio . O contato da água fria do mar com as caldeiras provocou uma violenta explosão que praticamente partiu o navio ao meio.
A maioria de seus passageiros e tripulantes dormia no momento do choque. Ao enorme estrondo seguiu-se, no interior do navio, um clima de pânico e terror, pois não houve tempo para qualquer tentativa de organizar a evacuação de bordo de seus ocupantes.
O transatlântico desapareceu em apenas 10 minutos , o que impediu que os passageiros e tripulantes tivessem tempo hábil para escapar .
Na ponte de comando o Capitão José Lotina e seu primeiro oficial Imediato Antônio Salazar Llinas teriam decidido por fim a suas vidas, com um tiro na cabeça; os corpos dos dois oficiais nunca foram encontrados. |
O naufrágio do “Príncipe de Astúrias” é considerado o maior da História Náutica do Brasil com a morte de 455 pessoas ; das 558 pessoas a bordo ( 365 passageiros e 193 tripulantes ) salvaram –se apenas 103 .
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