... | MÁRTIRES CALVINISTAS DO BRASIL Em 1557 , o vice – alte . Villegaignon ( 1510 – 1571 ) escreveu à Igreja Reformada de Genebra solicitando o envio de pastores evangélicos que colaborassem para a elevação do nível moral e espiritual da colônia francesa da França Antártida , no que teve integral apoio de Coligny. Gaspard de Châtillon, conde de Coligny, mais conhecido como Gaspard de Coligny ( 1519 - 1572 ) era um influente estadista , almirante francês e líder dos huguenotes ( calvinistas franceses ) . Assim , 14 hugenotes foram enviados para o Brasil entre os quais , o sapateiro Jean de Léry, que se tornaria o cronista da viagem e que escreveria a obra “Viagem à Terra do Brasil”, ( publicada em 1578 ) . No dia 19 de novembro 1556 eles embarcaram para o Brasil no porto de Honfleur, na Normandia numa frota de 3 navios, comandada por Bois Le Conte, sobrinho de Villegaignon, e que conduzia 290 pessoas, inclusive algumas mulheres. O desembarque no forte Coligny deu-se no dia 10 de março de 1557 , uma quarta-feira. O vice-almirante recebeu o grupo afetuosamente e logo em seguida, reunidos todos em uma pequena sala no centro da ilha, foi realizado um culto de ação de graças, o primeiro culto protestante ocorrido nas Américas, o Novo Mundo. Infelizmente, mais tarde , o vice-almirante acabou entrando em conflito com os huguenotes sobre questões teológicas e doutrinárias e os expulsou da colônia . Em 4 de janeiro de 1558, eles partiram para a França a bordo de um velho navio mas como não havia alimento para todos e segurança na navegação , 5 huguenotes se ofereceram para voltar à terra. Inicialmente Villegaignon os recebeu de modo cordial, mas logo os acusou de serem traidores e espiões. Formulou um questionário sobre pontos doutrinários e lhes deu doze horas para responderem por escrito, o resultou na “Confissão de Fé da Guanabara” ou “Confissão Fluminense”. O almirante declarou heréticos vários artigos e decidiu pela morte dos reformados que não abjuraram suas convicções religiosas . No dia 9 de fevereiro de 1558, Jean du Bourdel, Matthieu Verneil e Pierre Bourdon foram estrangulados e lançados ao mar. André Lafon foi poupado devido às suas vacilações religiosas e ao fato de ser o único alfaiate da colônia. Jacques Le Balleur fugiu e foi para São Vicente. Levado preso para a Bahia, ficou encarcerado por oito anos, sendo então conduzido ao Rio de Janeiro, onde foi enforcado. Esses hugenotes francêses ficaram conhecidos como os “mártires calvinistas do Brasil”. |
quarta-feira, 13 de junho de 2012
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