domingo, 3 de junho de 2012

MORTAL DUELO NAVAL EM ABROLHOS POST

MORTAL DUELO



NAVAL EM ABROLHOS





Em 12 de setembro de 1631 no Arquipélago de Abrolhos,  ao largo do litoral  sul da Bahia ,  16 navios holandeses enfrentaram 17 galeões e 2 patachos lusos – espanhóis .



O holandeses eram  comandados por Adrian
Pater, a bordo do “Prins Wilhelm”  de 500 toneladas
e 46 canhões .  D . Antonio Oquendo( 1577- 1640 ) capitaneava  o galeão “Santiago”  de 900 toneladas com  44 canhões e tinha 3.000 soldados portugueses sob sua responsabilidade .


A Esquadra de Oquendo  havia partido  de Salvador
( Bahia ) a 3 de setembro , comboiando embarcações
mercantes  pejadas   de açúcar e outros produtos , além de 12 caravelas com tropas para desembarque em Pernambuco e na Paraíba.


Quando as forças se avistaram, na manhã do dia 12, os holandeses com seus navios formados em meia-lua
decidiram pela abordagem, investindo em
duplas sobre cada galeão inimigo de maior
porte, enquanto Oquendo ordenou formação
em linha de batalha com os mercantes
e as caravelas em posição protegida fora do
combate .


Ao final de feroz e  prolongada  batalha , que incluiu abordagens e violentos duelos de artilharia entre 100 canhões , amba as forças perderam 2  galeões  cada e tiveram vários outros avariados. Os holandeses teriam perdido 1.000 homens .


Entre as perdas holandesas se inclui a nau capitânia  “Prins Wilhelm” e a morte do seu Comandante Adrian Pater que afundou , exclamando: "O oceano é o único túmulo digno de um almirante batavo".

As naus holandesas perdidas foram “Prins Wilhelm” e “Provincie de Utrecht” ; os navios luso – espanhóis afundados foram “San Antonio e “Na.Sa.dos Prazeres Menor”.


A violenta batalha   iniciada  às 9 hrs da manhã , só  terminou por volta das 4 da tarde .

A vitória estratégica coube aos luso – espanhóis  cujas   caravelas rumaram para áreas seguras, desembarcaram
as tropas no Cabo de  Santo Agostinho ( Pernambuco ) e
na Paraíba, e ainda seguiram posteriormente
para Portugal, carregadas de açúcar.

Mas os holandeses, mesmo derrotados, não perderam
o domínio do mar  no litoral nordestino desde a Bahia até
 Rio Grande do Norte, após o regresso da Esquadra luso-espanhola à Europa .


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