ÍNDIOS , “SEM FÉ ,
SEM LEI ,
E SEM REI” ?
Pêro de Magalhães Gândavo ( c. 1540 — c. 1580) foi um historiador , cronista português e autor da primeira História do Brasil , onde aparece pela 1ª vez o termo “Brasil” .
Gandavo esteve no Brasil, provavelmente , entre 1558 e 1572 ou 1565 – 1570 , em Salvador , Bahia .
Dessa viagem resultou o Tratado da província do Brasil, ( 1576 ) que, numa versão posterior, ganharia o
título de Tratado da terra do Brasil e, finalmente, numa terceira versão passaria a chamar-se
História da província Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil.
Alguns cronistas europeus ao delinear os contornos do indígena brasileiro, não demonstram muita simpatia para com o seu “ modus vivendi” .
Obviamente , as crenças religiosas indígenas eram bastante diferentes das cristãs, suas sociedades não eram governadas por reis e suas regras sociais eram diversas daquelas adotadas pelos europeus.
Nenhum dos autores atinou para a riqueza cultural e a provável sabedoria existente naquele povo.
A cristalização da imagem do índio como “bárbaro” configurou-se nos escritos de Gandavo na sua célebre fórmula que se tornara lugar-comum na literatura colonial:
Nenhum dos autores atinou para a riqueza cultural e a provável sabedoria existente naquele povo.
A cristalização da imagem do índio como “bárbaro” configurou-se nos escritos de Gandavo na sua célebre fórmula que se tornara lugar-comum na literatura colonial:
“ A língua deste gentio toda pela costa é uma: carece de três letras – não se acha nelas F,
nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei; e desta maneira vivem desordenadamente [...] ”.
nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei; e desta maneira vivem desordenadamente [...] ”.
Gandavo refere –se os gentios como um povo agressivo, belicoso, desumano, vingativo, polígamo, cruel e desonesto; ele é favorável ao extermínio desses "bárbaros" ou a sua completa escravização ...
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