D.MARIA I , UMA
SOFREDORA
Em 10 de fevereiro de 1792 , em documento assinado por dezessete médicos, D. Maria I ( 1734 – 1816 ) foi declarada incapaz de gerir o Reino de Portugal , sem previsão de melhora em seu quadro mental .
Dom João , seu filho ( futuro D.João VI ) começou a governar mas se mostrou relutante em assumir oficialmente as rédeas do poder, o que fez apenas 7 anos mais tarde , quando se tornou Príncipe Regente , em 13 de julho de 1799 .
Antes de 1792 , D.Maria I tinha apresentados nítidos sintomas de desquilibrio mental.Em outubro de 1791 teve uma crise nervosa , mas em 1 de fevereiro de 1792 ao sair do teatro em Salvaterra , teve um acesso de loucura .
Dizia –se perseguida por demônios e seus gritos de terror eram ouvidos nas madrugadas frias do Palácio de Queluz. Obcecada com as penas eternas que o pai ( D.José I ) estaria sofrendo no inferno, por ter permitido a Pombal perseguir os jesuítas, o via como "um monte de carvão calcinado".
Em 1786 seu quadro mental mental se agravou com a morte do marido D. Pedro III e em 1788 com o falecimento do filho , o príncipe herdeiro José , morto aos 26 anos .
Os atos da Revolução Francesa, causaram- lhe perplexidade e horror , sobretudo as execuções de Luís XVI e de Maria Antonieta , na guilhotina , em 21 de janeiro de 1793. D.Maria temia que a nobreza européia tivesse o mesmo fim .
Ainda em 1792 , para tratá-la veio de Londres o Dr Francis Willis, médico real de Jorge III, também louco . Willis exigiu honorários médicos de 20 mil libras esterlinas, equivalentes hoje ( 2012 ) a 1,1 milhão de libras ou 4 milhões de reais e mordomias mil , mas não curou a paciente ; de nada adiantaram os “remédios evacuantes”.
Em 1807, apesar de contrariada , embarcou com toda a Família Real para o Brasil, por ocasião da entrada dos franceses de Junot em Portugal. A pobre louca foi levada à força e pelo caminho, no meio do povo, gritava de dentro da carruagem que a conduzia, que a queriam roubar e levar ao suplício .
Quando chegou ao Rio, apreciava passear pela cidade admirando sua deslumbrante a natureza , acompanhada por suas damas e visitando sobretudo “Bica da Rainha”, construída em sua homenagem .
D. João VI , extremado filho , a visitava quase diariamente, e passava mais de duas horas em sua companhia, no prédio do antigo Convento das Carmelitas ,sua residência no Rio .
A pobre enferma ainda viveu no Brasil nove anos, sempre sem sair daquele infeliz estado, até que sucumbiu aos 82 anos.
Alguns estudiosos atuais acreditam que os sintomas de D.Maria I são compatíveis com os diagnósticos de esquizofrenia e de psicose maníaco-depressiva .
Sua morte foi dramática : no dia 20 de março de 1816, a na frente de todos, atirou-se ao mar no cais da Praça XV,do Rio , conclamando a todos a nadar em retorno à sua terra querida - Portugal.
O seu corpo foi trasladado para Lisboa e foi sepultado num suntuoso mausoléu na igreja da Estrela, que ela fundara.
A VDF ERA TÃO RUIM QUE ELA PREFERIU SE ATIRAR NO MAR A CONTINUAR ALI HAHAHAHAH
ResponderExcluirA altíssima consanguinidade entre aqueles "nobres" lhes trouxe sérios problemas físicos e mentais.
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