PALHETA E O CAFÉ DO BRASIL
Francisco de Mello Palheta ( 1670 - 1750 ) foi um militar luso-brasileiro, responsável pela introdução do cultivo do café no Brasil .
A história do café começou no século IX , originário das terras altas da Etiópia ( possivelmente com culturas no Sudão e Quênia ) e difundiu-se para o mundo através do Egito e da Europa.
O café foi introduzido inicialmente na América do Sul através do Suriname ( 1714 ) e depois passou para a Guiana Francesa , por iniciativa do governador de Caiena, que conseguiu, de um francês , um punhado de sementes, tendo-as semeado no pomar de sua residência.
No século XVIII, o café, devido às suas qualidades psicoestimulantes , era um produto bastante consumido na Europa e nos Estados Unidos.
Os países que possuíam as mudas de cafeeiro (os Países Baixos, a França e as suas colônias) guardavam-nas zelosamente a sete chaves: elas eram preciosíssimas, pois o café era um produto muito valorizado no mercado internacional.
Portugal ainda não as possuía quando, em 1727, por determinação do governador e capitão-general do Estado do Maranhão, João da Maia da Gama, o sargento-mor Francisco de Melo Palheta subiu o rio Oiapoque para verificar a existência de marcos fronteiriços ( Tratado de Utrecht) .
Prosseguindo até Caiena, na Guiana Francesa, recebeu clandestinamente da esposa do governador francês Claude d'Orvilliers, um punhado de sementes de café, cuja exportação era proibida pela França, e mais cinco mudas.
Palheta trouxe-os para o Brasil e fez a 1ª plantação em suas terras, no Pará .
Em 1731 começaram a chegar a Portugal pequenas partidas de café do norte do Brasil e três anos depois (1734) entravam no porto de Lisboa 3.000 arrobas remetidas pela Companhia Geral do Maranhão e Grão-Pará, numa época em que ainda era pequeno o consumo do café em Portugal.
O sucesso da lavoura cafeeira no Brasil , fez com a rubiácea logo se tornasse um ítem importantíssimo nas exportações do país durante muitos anos .
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