EXPEDIÇÃO LANGSDORFF
O barão Georg Heinrich von Langsdorff foi um médico , naturalista e explorador nascido na Prússia ( Alemanha ) e naturalizado russo.
A Expedição Langsdorff foi uma expedição russa chefiada por Langsdorff , que percorreu, entre os anos de 1824 a 1829 , mais de 17 mil quilômetros pelo interior brasileiro , fazendo registros dos múltiplos aspectos de sua natureza e sociedade . O acervo da Epedição constitui- se no mais completo inventário nas áreas da zoologia, botânica, mineralogia, geografia, antropologia e etnografia do Brasil , no século XIX .
A expedição fazia parte do esforço do Governo do Czar Alexandre I para reativar as relações comerciais entre o Brasil e a Rússia e contou com o apoio Imperador D. Pedro I e de José Bonifácio que forneceram, em nome do Império, facilidades , créditos vultosos e vantagens alfandegárias aos expedicionários .
A Rússia investiu uma elevada quantia na Expedição Langsdorff - 330 mil rublos. Na época, o orçamento anual de gastos do país inteiro, era de 363 milhões de rublos .
Em 1813, Langsdorff havia sido nomeado cônsul geral da Rússia , no Rio de Janeiro, pelo czar Alexandre I.
Antes , em 1802 , tinha retornado à Alemanha e juntado -se a uma expedição russa sob o comando do capitão Adam Johann von Krusenstern, a qual circunavegou o globo terrestre.
Em 1803 chegou à ilha de Santa Catarina, onde permaneceu até 1804 colecionando espécies e estudando a natureza.
Ao abandonar a expedição em Kamtschatka regressou à Rússia via Sibéria.
A Exploração Langsdorff e se iniciou com breves viagens terrestres a Minas Gerais ( 1824 ) e São Paulo (1825 ) .
Na etapa inicial o pintor Johann Moritz Rugendas realizou inúmeras pinturas mas as abandonou a expedição por desavenças com Langsdorff .
A segunda etapa da expedição foi iniciada em 1826 por via fluvial , iniciada em Porto Feliz ( SP), pelo Tietê , em direção ao Amazonas .
Nesta segunda fase a expedição contou com os artistas Aimé-Adrien Taunay e Hercules Florence, o astrônomo da Marinha Russa Néster Rubtsov, e o botânico Ludwig Riedel.
Em outubro de 1827, depois de se fixar em Cuiabá por quase um ano, a expedição se divide a pedido de Lagsdorff. Taunay parte rumo ao Rio Amazonas com um grupo liderado pelo botânico Ludwig Riedel e Langsdorff segue com seu grupo pelo interior do Pará .
Esta empreitada foi repleta de conflitos internos , inúmeras adversidades outros desastres, e acabou por cobrar tragicamente a vida do jovem artista Aimé-Adien Taunay , tragado pela correnteza do rio Guaporé quando tentava atravessá-lo a nado, em janeiro de 1828.
Durante a viagem o barão Langsdorff perdeu a memória e a sanidade mental em virtude de uma febre tropical ( malária ?) contraída no Amazonas .
Ante a doença incapacitante de seu líder , a expedição retornou de Belém ( Pará ) ao Rio de Janeiro , pela costa brasileira e desembarcou na capital do Império , em 10 de março de 1829.
Todo o material coletado da viagem, inclusive o diário de bordo, foi conduzido à Rússia, mantidos em segredo até o ano de 1930, quando encontrado nos porões do Museu do Jardim Botânico de São Petersburgo.O acervo da Expedição Langsdorff além do diário de bordo , continha cerca de 120 aquarelas e desenhos, 36 mapas feitos durante a viagem por seus participantes .
Há mais de 32 anos, o russo Boris Komissarov, de 72 anos, professor da Universidade de São Petersburgo, ocupa-se dos estudos , conservação e exposição do acervo da Expedição Langsdorff .
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