domingo, 22 de abril de 2012

EXPEDIÇÃO LANGSDORFF POST

EXPEDIÇÃO LANGSDORFF



O barão Georg Heinrich von Langsdorff  foi um médico , naturalista e explorador nascido na Prússia ( Alemanha ) e naturalizado russo.

A Expedição Langsdorff foi uma expedição russa   chefiada por  Langsdorff  , que percorreu, entre os anos de 1824 a 1829 , mais de 17 mil quilômetros pelo interior brasileiro , fazendo registros dos múltiplos aspectos  de sua natureza e sociedade . O acervo da Epedição constitui- se  no mais completo inventário   nas áreas da zoologia, botânica, mineralogia, geografia, antropologia e etnografia do Brasil  , no século XIX .

A expedição fazia parte do esforço do Governo do Czar Alexandre I para reativar as relações comerciais entre o Brasil e a Rússia e  contou com o apoio Imperador D. Pedro I e de José Bonifácio que forneceram, em nome do Império, facilidades , créditos vultosos e vantagens alfandegárias aos  expedicionários .

A Rússia investiu uma elevada quantia na Expedição Langsdorff - 330 mil rublos. Na época, o orçamento anual de gastos do país inteiro,  era de 363 milhões de rublos .

Em 1813, Langsdorff havia sido nomeado cônsul geral da Rússia , no Rio de Janeiro, pelo czar Alexandre I.

Antes  , em 1802 , tinha retornado à Alemanha  e juntado -se a uma expedição russa sob o comando do capitão Adam Johann von Krusenstern, a qual circunavegou o globo terrestre.

Em  1803 chegou à ilha de Santa Catarina, onde permaneceu até 1804 colecionando espécies  e estudando a natureza.

Ao abandonar a expedição em Kamtschatka regressou à Rússia via Sibéria.

A Exploração Langsdorff  e  se iniciou  com breves viagens terrestres a Minas Gerais ( 1824 ) e São Paulo (1825 ) .

Na etapa inicial  o pintor Johann Moritz Rugendas realizou inúmeras pinturas mas as abandonou  a expedição por desavenças com Langsdorff .

A segunda etapa da expedição foi iniciada em 1826 por via fluvial , iniciada em Porto Feliz ( SP), pelo Tietê , em direção ao Amazonas .

Nesta segunda fase a expedição contou com  os artistas Aimé-Adrien Taunay e Hercules Florence, o astrônomo da Marinha Russa Néster Rubtsov, e o botânico Ludwig Riedel.

Em outubro de 1827, depois de se fixar em Cuiabá por quase um ano, a expedição se divide a pedido de Lagsdorff. Taunay parte rumo ao Rio Amazonas com um grupo liderado pelo botânico Ludwig Riedel e Langsdorff segue com seu grupo pelo interior do Pará .

Esta empreitada foi repleta de conflitos internos , inúmeras adversidades outros desastres, e acabou por cobrar tragicamente a vida do jovem artista Aimé-Adien Taunay , tragado pela correnteza do rio Guaporé quando tentava atravessá-lo a nado, em janeiro de 1828.

Durante a viagem o barão Langsdorff perdeu a memória e a sanidade mental  em virtude de uma febre tropical ( malária ?) contraída no Amazonas .

Ante a doença incapacitante de seu líder , a expedição retornou  de Belém ( Pará ) ao Rio de Janeiro ,   pela costa brasileira e desembarcou  na capital do Império , em 10 de março de 1829.

 Em abril de 1830, Langsdorff retornou à Alemanha , onde  faleceu em 1852 , sem recuperar a memória .

Todo o material coletado da viagem, inclusive o diário de bordo, foi conduzido à Rússia, mantidos em segredo até o ano de 1930, quando encontrado nos porões do Museu do Jardim Botânico de São Petersburgo.O acervo da Expedição Langsdorff além do diário de bordo , continha cerca de 120 aquarelas e desenhos, 36 mapas feitos durante a viagem por seus participantes .

Há mais de 32 anos, o russo Boris Komissarov, de 72 anos, professor da Universidade de São Petersburgo, ocupa-se dos estudos , conservação e exposição  do acervo da Expedição Langsdorff .




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